Comecei a Me Ouvir em Silêncio e Isso Mudou Tudo
Tem momentos em que a gente se sente um estranho dentro da própria vida.
Os dias passam meio nublados. Você faz o que tem que fazer, responde mensagens, até ri de vez em quando… mas por dentro, tudo parece desligado.
Você quer falar, mas não sabe como. E quando tenta, sente que vai travar ou chorar, então guarda pra depois. Mas esse “depois” nunca chega.
Nem com a pessoa que mais ama. Nem consigo mesmo.
Foi aí que eu entendi algo que mudou meu jeito de viver:
não dá pra esperar estar bem pra começar a se cuidar — o cuidado é o que começa a cura.
O silêncio também pode ser um recomeço
Durante muito tempo, eu achei que precisava “dar conta” de tudo antes de olhar pra mim. Mas esse pensamento me drenava.
Então, mesmo sem saber exatamente o que fazer, comecei a tentar pequenos gestos. Nada heroico. Só coisas simples, mas com intenção.
E foi assim que, no meio do silêncio, comecei a me escutar.
Pequenos atos que foram me trazendo de volta
- Arrumar a cama ao acordar
Parece bobo, né? Mas arrumar a cama foi o meu “bom dia” pra mim mesmo. Um sinal de que o dia tinha começado, e eu tava ali, presente.
- Tomar um banho mais demorado
Não aquele banho apressado, só pra cumprir a rotina. Um banho com tempo. Sentir a água, respirar fundo.
Foi um jeito de lavar não só o corpo, mas um pouco da ansiedade que grudava na pele.
- Comer sem o celular
Quantas vezes a gente come olhando pra tela, sem nem perceber o gosto da comida? Desligar o celular por 15 minutos e focar na refeição me trouxe de volta pro agora.
E quando o “agora” tá pesado, estar presente já é um ato de resistência.
- Mexer o corpo — mesmo sem vontade
A academia foi meu maior desafio. Eu não queria ir. Mas fui. Primeiro um dia, depois outro.
Não era sobre mudar o corpo. Era sobre liberar um pouco da tensão, da angústia.
E em cada treino, comecei a encontrar um tipo de força que eu nem sabia que ainda tinha.
Cuidar é um jeito de dizer: “eu ainda tô aqui”
A gente acha que cuidar de si é algo que vem depois que tudo se resolve. Mas é o contrário.
Esses pequenos rituais foram me mostrando que, mesmo sem ter todas as respostas, eu podia continuar.
Não precisa ser um banho demorado. Nem uma sessão de treino. Às vezes, é só se permitir respirar com calma.
Deitar sem culpa.
Pedir silêncio sem precisar justificar.
Ouvir uma música que te lembra quem você era.
Pra quem também tá em silêncio…
Se você tá passando por isso agora — essa fase cinza, em que tudo parece meio distante — eu só quero te dizer uma coisa:
Você não precisa estar bem pra começar a cuidar de si.
Você só precisa dar um passo. Do seu jeito. No seu tempo.
E mesmo sem falar, mesmo sem saber explicar… você vai se encontrar de novo.
Um primeiro passo prático:
Preparei um checklist com hábitos simples que me ajudaram a retomar meu eixo nos momentos em que tudo parecia confuso.
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Se esse texto tocou seu coração, compartilha com alguém que talvez esteja em silêncio também. Às vezes, a gente só precisa saber que não tá sozinho.